Friday, December 23, 2005

5ª Semana de Comunicação abre com chave de ouro

* texto publicado no site das Faculdades Integradas Rio Branco em outubro/2005

O jornalista Chico Pinheiro afirma seu amor pela língua portuguesa


A 5ª Semana de Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco começou na segunda-feira, 07 de novembro e no período da noite contou com a presença do jornalista da Rede Globo, Chico Pinheiro.
Chico Pinheiro conquistou os alunos e professores com seu jeitinho mineiro. O auditório ficou lotado, lembrando que são 170 lugares, mesmo assim vimos alunos sentados nas escadas, no chão e outros que não se importaram em permanecer de pé. Havia também uma sala com transmissão simultânea. Pinheiro abordou temas como a grande diferença social, os diferentes governos e governantes que já tivemos, a época da ditadura para o jornalismo e a perda de cultura que temos sofrido ao utilizarmos palavras em outras línguas. "Tento ao máximo manter a língua portuguesa" e completa, "no final do telejornal, quando tenho que dizer o site sempre digo endereço eletrônico". Entre as histórias que contou, a que mais emocionou público foi a da festa de eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na avenida Paulista. "Estava parado quando senti uma coisa na minha perna, quando olhei vi uma senhora agachada, me abaixei porque pensei que ela tivesse caído, foi quando notei que estava catando as latinhas de cerveja que nós jogávamos na rua. Tentei ajudar a senhora a se levantar, mas ela continuava catando as latinhas no chão e disse que aquilo seria a garantia de comida para ela e os filhos durante uma semana. Aquilo me chocou tanto que cai em lágrimas". Caso tenha curiosidade em buscar mais informações na internet sobre esse grande jornalista que começou sua carreira em 1971, cuidado, pois o Chico Pinheiro não toca violão, nem outro instrumento qualquer. Aquele é outro, mais talentoso (na área da música, claro) e mais jovem. Ana Beatriz Chacur – aluna do curso de jornalismo.

Wednesday, December 21, 2005

Em 2006 será diferente?

Todo final de ano é a mesma “ladainha”, vereadores ganhando hora extra para votarem projetos, lembrando que estes tiveram um ano inteiro, ou seja, 365 dias. Tudo bem, vamos descontar o recesso na Câmara Municipal, os feriados emendados, as segundas-feiras que não ocorrem votação e as sessões que caíram por falta de vereadores presentes.
Mesmo assim, ainda restam uns 200 dias para elaborarem os projetos, votarem em primeira e segunda discussão – isso mesmo, eles não se contentam em votar apenas uma vez - e, além disso, passar pela sanção do Sr. Prefeito para virar Projeto de Lei.
A Assembléia Legislativa não deixa por menos, é a mesma “coisa” só muda de endereço e a nomeação, ao invés de serem vereadores são deputados. Para mim representam a mesma coisa, ou melhor, não representam nada, pois nada até hoje teve alguma mudança, pelo menos nos últimos 21 anos. Como não poderia ser diferente, meu desejo para 2006 é que os governantes deste país sejam mais honestos e que trabalhem para a população e não criem projetos apenas para “aparecerem na televisão” ou em algum “jornal de nome”, porque jornal de bairro não serve.

Monday, December 19, 2005

A origem do meu dna, minhas células e meu sangue

Escrever sobre minhas origens parecia algo simples, até o momento que comecei a buscar informações e levantar dados relevantes sobre minha família. Depois de juntar bastante conteúdo para escrever sobre meus antepassados, surgiu a dúvida: será que eu sou síria, ou portuguesa ou brasileira?
Lembrei que Darcy Ribeiro, em seu livro O povo Brasileiro, falava sobre esta mestiçagem pela qual sofremos e relendo achei uma frase perfeita para sintetizar isto. “Nessa confluência, que se dá sob regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo”.
Mas a dúvida continua, o que realmente sou? Adoro kibe cru, coalhada seca, azeite e pão, ao mesmo tempo, nada melhor que uma feijoada ou melhor ainda, que tal um bacalhau ou um famoso cozido português. Posso ser considerada libanesa, pelo fato de meus avós paternos serem primos e seus pais vieram da Síria, ou portuguesa, porque minha bisavô materna, que era de Portugal, fugiu de casa para casar-se com um Sírio, que nem o idioma português falava direito. Ou até mesma brasileira, porque nasci em São Paulo. Será?
Se você ficou confuso com toda esta história, imagina eu. Voltando ao que Darcy Ribeiro dizia, se esta mestiçagem deu lugar a um “povo novo”, então provavelmente faço parte deste. Novo porque surge com uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras e fortemente mestiçada.
Os árabes são considerados os imigrantes mais exitosos, integrando-se rapidamente na vida brasileira, participando das instituições políticas e alcançando posições no governo. Todavia os portugueses foram os primeiros a ocuparem esta terra, há mais de 500 anos e o resto desta história você já sabe.
A tecnologia ajudou bastante na coleta de dados, mais especificamente a internet, além de informações fornecidas pela minha mãe e pela minha avó. Da parte portuguesa da família, no sentido figurado da palavra, não foi encontrado muita coisa. Já os descendentes do Oriente Médio montaram um site com árvore genealógica e fotos antigas da família. Para Sydnei Yunan Chacur, responsável pela atualização e elaboração do site (www.familiachacur.com.br) “a internet foi uma importante ferramenta para a pesquisa e muito útil para o registro de novos nomes”.
Como posso ser chamada realmente não me importa, sou uma mistura de tudo, como a grande maioria do povo brasileiro. Sei que tenho orgulho de toda a coragem que meus antepassados tiveram de “largar sua terra natal” e vim para o Brasil. Não serei demagógica, porque você também sabe que a invasão dos imigrantes no Brasil ocorreu devido às Guerras qu e aconteciam pelo mundo e lutas internas em alguns países.Também não me estenderei mais, em minhas células e meu sangue existem uma mistura de culturas e de Carvalho, Andalafet, Eira, Chacur entre outros. Toda a história da minha árvore genealógica conto depois, em outra oportunidade.